segunda-feira, 21 de julho de 2008

A Teologia do cachorro e do gato



Há algum tempo eu conversava com um amigo sobre as diferenças entre cachorros e gatos. Os cachorros são considerados como: “O melhor amigo do homem” e isso é devido a sua fidelidade, lealdade e serviço. Os gatos não são assim, são mais independentes, sobretudo, não quero falar aqui de quem são os melhores, e sim trazer essa lição para nosso dia-a-dia em relação ao Reino de Deus.
Gostaria de apresentar o resumo de uma história que servirá como base de ilustração: a “Teologia do Cachorro” e a “Teologia do Gato”. O cachorro diz para seu dono: “Você me acaricia, me alimenta, me abriga, você me ama. Você deve ser Deus”. Já o gato diz: “Você me acaricia, me alimenta, me abriga, você me ama. Eu devo ser Deus”. Ainda, há quem diga: “Senhor, você me ama, me abençoa sempre e deu a sua vida por mim. Você deve ser Deus”. Enquanto outros dizem: “Senhor, você me ama, me abençoa abundantemente, deu sua vida por mim. Eu devo ser deus”
Hoje em dia há muitos que pensam como gatos; acreditam que Deus mantém-se a nossa plena disposição, como se fosse um “autenticador” da nossa vontade, para atender aos nossos pedidos, ou como se tivesse a obrigação de satisfazer nossas realizações e sonhos pessoais. Jesus nos chama a atenção: aqueles que o seguem devem negar sua própria vida por amor a Ele (Lucas 14:26 e Mateus 16.24) e que o Evangelho não tem que se adaptar a minha maneira de crer ou meu ponto de vista, mas somos nós que temos de nos converter a Deus (Atos 20:17-21, Romanos 1.16, Romanos 10.10 e Mateus 16.16).
Temos que depender de Deus, pois somos servos, e um servo não é mais do que seu senhor (João 13.16 e 15.20). Deixemos o orgulho, a arrogância e a independência.
Jesus é o suficiente. Os exemplos de homens que deram sua vida pelo Senhor, como: João Batista, Estevão, Paulo e outros que morreram naquele tempo e os de nossos dias, devem servir muito mais que reflexão ou inspiração de fé. Nosso modelo é Jesus. Temos que focar a vida n’Ele, pois é o exemplo do que Deus quer que sejamos em santidade, comunhão com o Pai, amor ao próximo e em outros aspectos da vida (Mateus 10.24-25).
Jesus morreu por nós, mas isso não significa que as coisas que existem se resumem em nós. Fomos criados (Gênesis 1.27 e Salmo 95.6) e devemos viver em alegria, com o coração cheio de gratidão ao Senhor. Quando penso naqueles 24 anciãos e os 4 seres viventes ajoelhados adorando a Deus, dizendo: “Amém! Aleluia!” (Apocalipse 19.4) sei que eles vêem a dimensão da Bondade de Deus e por isso são gratos pelo simples fato de existirem.
Devemos nos aproximar do Senhor (Salmo 27.8 e Tiago 4.8) e buscar intensa comunhão, mas não pelas bênçãos que Ele pode nos dar ou por aquilo que Ele pode fazer, mas unicamente por aquilo que Ele é.
MARCUS JÚNIOR (Professor de História e Sociologia) Adaptação do Livro: “A Teologia do Cachorro e do Gato”, SJOGREN, Bob e ROBINSON, Gerald, publicado pela Missão Horizonte.

http://www.mhorizontes.org.br/Paginas/

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